Teatrando!

A vocação tatuada nas pernas

Assumir-se artista não é uma missão fácil. Principalmente se você é de uma família sem artistas. Contudo, trata-se de uma condição, não de uma escolha. E, como tal, não há como fugir. Desde que consegui vencer essa barreira, apesar dos muitos “isso não dá dinheiro”, “teatro é hobby, não profissão” etc., que não creio serem novidade para ninguém que divida a vocação comigo, tudo ficou mais fácil. Concluí após refletir um pouco sobre como tem sido meu ano de 2010.

Em cena como Felício em "Juizado de pequenas perdas"

Vivi o playboy Junior (Voto vendido é voto traído), o ministro Giancarlo (No reino de Nunca Dantes), o faxineiro Felício (Juizado de pequenas perdas) e me preparo para dar vida ao sobrinho preguiçoso Tonico (Dias de visitas). Li Garcia Lorca, Chico de Assis, Ionesco. Assisti a alguns espetáculos em DVD, inclusive A formosa menina que salvou o circo, no qual vivi o palhaço Riso Risada em 2005 e não assistira desde então. (Fotos dos espetáculos no orkut).

Isso sem falar na minha aventura num show de improviso no espaço Diversão & Arte! Acho que foi a primeira vez que ganhei alguma coisa ($) com teatro. Já falei sobre essa aventura aqui, mas para uma pequena nota mental, eu não tenho talento para stand up comedy! Haha!

Também fui mais ao teatro. No Divulgação, vi os adolescentes começando com o espetáculo Ensaios sobre o amor, organizado por José Luiz Ribeiro. Destaque para a interpretação da música Maria Chiquinha (aquela mesma, de Sandy e Junior). Assisti ainda a Eu e o rio com o núcleo da terceira idade do GD. Sempre muito divertido e inspirador conferir o trabalho deles!

Fora do meu gueto, vi a estreia da dupla Os Penetrantes em Amigos de baladas. Boas piadas, roteiro amarrado, obviamente com algumas falhas, mas para o primeiro espetáculo da dupla, foi válido. Assisti também ao stand up comedy Os feios que me desculpem, mas rir é fundamental, de Bruno Fonseca, ator da Cia. Putz! e jamais me esquecerei da Ana Carolina chegando para uma visita “completamente nua”.

Por falar em Cia. Putz!, recentemente assisti à montagem deles de Entre infernos, na Casa D’Itália, e foi arrebatador. Figurinos, maquiagem, cenário, iluminação, sonoplastia, tudo na medida certa para a climatização tensa do espetáculo. Atuações fortes, destaque para a atriz Lívia Gomes (Matilde), sublime no papel. Vale à pena prestigiar, e eles ainda estão em cartaz!

E semana que vem tem mais! O 4º Festival Nacional de Teatro começa e vai dar para assistir bastante coisa! Além de participar da oficina Presença de palco: Cena-Música-Expressão-Movimento, vou conferir os espetáculos Consummatum est, A festa, O beijo, As criadas e Manotas musicais. Uáu! Se alguém for em algum destes, nos vemos por lá!

Peço desculpas pelo post gigantesco, mas confesso que estou muito orgulhoso de ter tanta coisa de teatro para dividir com vocês.

Por ora fica assim!